Monica pode ser descrita, principalmente e obviamente, como controladora e obsessiva de carteirinha e que, por conta disso, nos traz várias situações cômicas derivadas. Mas, ao contrário do que possa parecer, tanta exigência apenas mostra o quanto ela se importa. Nossa querida Monica possui um afeto que pode ser comparado ao de uma mãe, e trata seus amigos como se fossem astros do rock hospedados em sua casa, sempre lhes oferecendo comida e um ambiente agradável, se referindo até mesmo com a “anfitriã perfeita”.
Geller, durante a série, foi tratada de forma bem mais realista do que outros personagens, com contextos mais reais e possíveis. É nítido o tanto que a personagem trabalha e por vezes merece o sucesso que tanto almeja, mas que as coisas não acontecem conforme o seu desejo. Segue os episódios com duras críticas de sua mãe por vários aspectos de sua vida, hora por estar solteira, pelo seu trabalho, pelo seu casamento e etc., e com isso, faz que tenha crises de ansiedade em diversos momentos retratados durante os episódios, valendo aqui ressaltar sobre o descaso parental de seus pais quanto ao seu cuidado e de seus bens, visto em momentos como gastar todo o dinheiro destinado ao seu casamento em uma casa na praia e deixar que seus objetos de infância sejam destruídos com a chuva, enquanto as de seu irmão estão protegidas e intactas.
Não sendo por menos que nossa querida Geller ganha a admiração de todos os espectadores por demonstrar tanta resiliência em frente a todas essas situações das quais ela é exposta e que, mesmo em momentos difíceis permanece focada no que deseja. Ela permanece com um objetivo claro em mente e nunca esquece as coisas que lhe são importantes, ainda que o resultado de tal empenho seja um coração partido. É o que acontece na segunda temporada quando ela termina seu relacionamento com Richard. A chef não desiste do sonho de ter uma família, e, por ele, está disposta a abrir mão de um grande amor. Assim, vemos Monica como um perfeito modelo de proatividade, fidelidade a seus ideais e persistência, determinada a esperar por alguém que queira o mesmo que ela.
Graças à sua capacidade de adaptação, a jovem é recompensada com tudo aquilo que sonhou, embora muitas coisas não transcorram conforme o plano inicial.
Com uma trajetória realística, Monica cresce como pessoa. Ela obedece a rígidos padrões impostos por si mesma, mas ao longo do caminho se torna paciente e flexível para conseguir alcançar seus ideais e, em consequência, o final feliz.
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(Post inspirado no vídeo de The Take, no artigo de Medium e em elementos subjetivos próprios)